O deputado não-inscrito Miguel Arruda, deixou esta terça-feira duas mensagens na rede social X, onde faz graves insinuações sobre os deputados do Chega Pedro Frazão e António Pinto Pereira.
Para Pedro Frazão: “sempre fui e serei heterossexual”
Numa das publicações, Miguel Arruda atira-se a Pedro Frazão respondendo ao que diz ter sido “ataques vis e cobardes, nesta rede social.” Diz Arruda que só tem “uma bandeira nacional, a portuguesa, é a única que amo e ostento orgulhosamente, e nunca levarei outra estrangeira para eventos políticos ou partidários.” Acusa ainda o deputado Pedro Frazão de pertencer a uma organização religiosa secreta de numerários e fanáticos, “com líderes no estrangeiro e Portugal acusados e condenados por pedofilia”.
No tweet dirigido a Frazão, o antigo militante do partido de André Ventura fala ainda em autoflagelação com cilício, um acessório usado em algumas práticas religiosas. Remata dizendo que “sempre lidei bem com a minha sexualidade, sempre fui e serei heterossexual.”
Para Pinto Pereira: “nunca tentei empurrar a minha filha pelo partido acima”
Numa outra publicação, Miguel Arruda dirige-se a António Pinto Pereira dizendo que este, “como advogado”, deveria saber que “a presunção de inocência é um estatuto.” Sugere ainda que o deputado do Chega está ligado a “organizações secretas.” Faz ainda referência a um suposto “aliciamento de jovens para o “Grande Arquiteto”, o Deus na maçonaria.
Mas insinua mais. Diz Arruda que nunca tentou empurrar a filha “pelo partido acima como outros o fazem de forma tão grosseira.”
A origem do caos: o furto de malas no aeroporto
Em 21 de janeiro, Miguel Arruda foi constituído arguido por suspeita do furto de malas no aeroporto de Lisboa, e nesse mesmo dia a PSP realizou buscas nas casas do deputado em São Miguel e em Lisboa.
Em causa estão suspeitas de crimes de furto qualificado e contra a propriedade. Miguel Arruda terá furtado malas dos tapetes de bagagens das chegadas do aeroporto de Lisboa quando viajava vindo dos Açores no início das semanas de trabalhos parlamentares.
Dois dias depois, Miguel Arruda reuniu-se com o líder do Chega, André Ventura, e anunciou que ia desfiliar-se do partido e passaria a deputado não inscrito.