Vila Verde

Vila Verde. Detido por violência doméstica impedido de tomar banho na GNR

A Guarda Nacional Republicana (GNR) deteve, esta quinta-feira, um homem de 60 anos no concelho de Vila Verde, por violência doméstica e posse de arma proibida, conforme informou a força policial.

A GNR explicou que, no âmbito de uma investigação por violência doméstica, “os militares da Guarda apuraram que o suspeito infligia violência física e psicológica à vítima, a sua ex-companheira de 48 anos”.

Durante as buscas, a GNR apreendeu duas armas de ar comprimido, uma catana, uma espada, 170 munições e um artefacto de fabrico artesanal.

Foi detido e presente hoje ao juiz de instrução, no Tribunal de Braga.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP) a que o VOX teve acesso, o arguido, no passado dia 19 e após uma discussão, “desferiu um golpe com o seu punho fechado no centro do peito da vítima, fazendo com que a vítima caísse ao solo.”

Diz também o MP que, a partir do ano 2015 por várias ocasiões o arguido “empurrou corpo da vítima, fazendo com que esta se desequilibrasse e, em algumas ocasiões, caísse ao solo.”

“Eu desfaço-te sua gorda do caralho”

Para além da violência física, a vítima terá alegadamente sofrido violência psicológica ao longos dos últimos anos. Segundo a acusação do MP, o arguido terá dito à vítima “eu desfaço-te sua gorda do caralho”, “pagava a quem te mandasse para o inferno”, “não desapareces”, “és uma badalhoca”, “vai trabalhar”, “puta”.

Filho também será “alvo” do arguido

O MP sustenta que em circunstâncias ainda não concretamente apuradas, o arguido, referindo-se ao seu filho, disse à vítima “um dia dou-lhe um tiro”, “havia de desaparecer”, “havia de ir para o inferno”, “acabo com ele.”

Detido sem acesso a banho na cela da GNR

O advogado do detido, João Araújo Silva, em declarações ao VOX diz que o seu constituinte “esteve quase dois dias sem tomar banho, numa cela”, nas instalações da GNR de Vila Verde.

O causídico apresentou queixa ao Ministério Público e ao Ministério da Justiça, pois foi informado pela GNR de Vila Verde, que essa era uma prática normal, pois não têm chuveiros para os detidos.

Ao VOX, o advogado diz-se chocado pois “tomar banho é um direito básico que devemos ter.”

João Araújo Silva – advogado

Arguido impedido de se aproximar da ex-mulher

O detido, após presente a tribunal, foi-lhe aplicada a medida de coação a pulseira eletrónica com afastamento mínimo de 500 metros da vítima.

Paulo Moreira Mesquita

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