Durante a visita desta manhã ao Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde, em Braga, Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal, foi presenteado com um tradicional lenço de namorados, símbolo do artesanato minhoto e muito associado ao concelho de Vila Verde. O presente foi entregue por Bento Morais, provedor da instituição, que acolheu a visita do dirigente liberal.
Perante os jornalistas, e confrontado com a possibilidade de o gesto simbolizar um eventual “namoro” político com a Aliança Democrática (AD), Rui Rocha respondeu com ironia, afirmando que os únicos compromissos que tem assumidos são com a sua esposa e com os portugueses. “O namoro está consumado em casamento com o distrito de Braga”, declarou, lembrando que é cabeça de lista da IL nesta região.
A brincadeira deu mote a um momento descontraído, com o provedor Bento Morais a elogiar a postura e o percurso de Rui Rocha, considerando-o uma figura “segura e coerente”, e manifestando otimismo relativamente ao crescimento da IL nas eleições legislativas. “Se tiver 7% ou 8%, vai conseguir. Todos estamos a contribuir para isso”, afirmou com um sorriso.
Questionado mais tarde sobre o tipo de relação que espera manter com a AD — se será um entendimento à moda antiga ou algo mais imediato, como nas redes sociais —, Rui Rocha voltou a responder com humor: “Já tenho dois casamentos. Um com a minha mulher, a quem também ofereci um lenço dos namorados, e outro com os portugueses. Aqui em Braga, é com a comunidade do distrito.”
Sobre as recentes declarações do primeiro-ministro, Luís Montenegro, que num podcast afirmou confiar em Rui Rocha “para saltar de paraquedas”, o líder liberal respondeu que se considera, de facto, uma pessoa fiável. “Não preciso de rótulos de terceiros. Tenho confiança no meu trabalho, no meu rigor e competência. É essa a imagem que deixo.”
No final da visita, Rui Rocha aproveitou ainda para apelar à participação eleitoral, numa altura em que decorre o prazo de inscrição para o voto antecipado. “Quero deixar um apelo a todos os portugueses: acelerem e inscrevam-se para votar no dia 11, se assim puderem. É tempo de avançar com Portugal”, concluiu.