Pedro Nuno Santos demite-se da liderança do PS e anuncia que não será recandidato: “Não desistirei de lutar. Até breve”
Pedro Nuno Santos anunciou esta tarde a sua demissão da liderança do Partido Socialista e confirmou que não voltará a apresentar-se como candidato nas eleições internas do partido. A decisão foi comunicada numa intervenção marcada por emoção e por uma firme mensagem política.
O dirigente socialista dirigiu críticas duras à extrema-direita, a quem acusou de se ter tornado “mais agressiva e mentirosa”, apelando a que seja “combatida sem complacência”.
No balanço do seu mandato, que durou um ano e cinco meses, Pedro Nuno Santos agradeceu ao partido, referindo que o PS se manteve sempre unido, e afirmou acreditar que honrou a sua história durante o período em que esteve à frente da liderança.
Assumindo responsabilidades políticas, declarou que irá convocar eleições internas e anunciou que não se recandidatará. Terminou a intervenção com uma promessa de continuidade no combate político: “Não desistirei de lutar. Até breve e obrigado a todos”.
A demissão foi recebida com euforia no quartel-general do Chega, onde se ouviram cânticos e palavras de escárnio. “Ventura chegou e o sistema abalou. Oh Pedro, vai para casa chorar, que o Ventura chegou para ficar!”, entoaram os apoiantes de André Ventura, entre gritos de “Chora, Pedro!” e provocações dirigidas a outros líderes políticos, com destaque para o apelo: “Luís, és o próximo”.
Demissão de Pedro Nuno Santos também provoca reações hostis na IL: “Chora, chora!”
A saída de Pedro Nuno Santos da liderança do Partido Socialista gerou reações efusivas e de escárnio também na sede da Iniciativa Liberal (IL), durante a noite eleitoral. Assim que o ainda secretário-geral do PS surgiu nos ecrãs, ouviram-se gritos de “Chora, chora!”, acompanhados de apupos e risos vindos dos apoiantes liberais.
A tensão aumentou quando Pedro Nuno Santos criticou Luís Montenegro, afirmando que o líder da AD “não tem credibilidade” — uma declaração recebida com vaias e reações quase como se o ambiente fosse o da sede da própria Aliança Democrática.
O momento mais celebrado pelos presentes foi o anúncio de que Pedro Nuno não se voltará a candidatar à liderança do PS. A decisão foi aplaudida com entusiasmo.