A falta de água pública continua a ser uma realidade dura e inaceitável em várias freguesias do concelho de Vila Verde. Uma promessa de solução que se arrasta há quase três décadas – desde o início da gestão marcada pelo que muitos já chamam de “ditadura fernandista”, protagonizada por José Manuel Fernandes e continuada por António Vilela e Júlia Fernandes – permanece incumprida, deixando os habitantes entre a frustração e o desespero.

Apesar das garantias repetidas ao longo dos anos, ainda hoje muitos vila-verdenses enfrentam torneiras secas, vivendo no século XXI com dificuldades próprias de um passado distante. As queixas multiplicam-se e chegam às redes sociais, onde moradores relatam episódios de privação que colocam em causa a dignidade das populações.

Domingos Antunes, residente em Aboim da Nóbrega, denunciou recentemente a situação:

“É de lamentar que desde o final de abril em algumas casas da rua de Gandarela as torneiras estão secas, até parece que estamos no século passado e ninguém se importa. Pelo menos os serviços mínimos para higiene e alimentação.”

A revolta é partilhada por muitos vizinhos, como sublinhou Daniela Bastos, da mesma freguesia:

“É vergonhoso o que se passa em ABOIM DA NÓBREGA!!!! No lugar onde vivo [Martinga] estamos sem água há UMA SEMANA, repito UMA SEMANA.”

Casos como estes levantam sérias questões sobre a responsabilidade política e a capacidade de gestão do município, uma vez que a falta de acesso a água potável compromete não apenas a qualidade de vida, mas também a saúde pública e a confiança dos cidadãos nas instituições locais.

Enquanto a população clama por medidas urgentes, o problema da água em Vila Verde continua a ser um espelho de promessas quebradas e de uma governação incapaz de resolver um dos mais elementares direitos de qualquer comunidade: o acesso regular e digno à água.