Há duas semanas, vaticinei neste espaço que, na disputa da providência cautelar interposta por Luís Montenegro contra o Chega e André Ventura, a liberdade de expressão prevaleceria sobre quaisquer outros argumentos — e os factos começam a dar-me razão.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) deliberou que os cartazes do Chega, que associam o primeiro-ministro e líder do PSD, Luís Montenegro, ao ex-primeiro-ministro José Sócrates e à corrupção, estão protegidos pelo princípio da liberdade de expressão. A decisão surge na sequência de várias queixas apresentadas por cidadãos relativamente a esta campanha publicitária.
Os cartazes em causa mostram as imagens de Sócrates e Montenegro lado a lado, acompanhadas da frase: “50 anos de corrupção. É tempo de dizer Chega”. Esta iniciativa levou Luís Montenegro a apresentar uma providência cautelar para a sua remoção — cujo desfecho ainda se aguarda —, mas a deliberação da CNE poderá ser um prenúncio da sua improcedência.
Num parecer divulgado recentemente, a CNE sublinha que, em contexto de propaganda eleitoral, “vigora o princípio da liberdade de ação e propaganda das candidaturas”, conforme o artigo 37.º da Constituição, que consagra o direito de “exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio”.
Embora reconheça que existem limites à propaganda, nomeadamente os definidos no Código Penal, a comissão considera que, neste caso, deve prevalecer o princípio da liberdade de expressão.
Esta decisão representa um revés para Luís Montenegro, que procura, através da via judicial e da CNE, a retirada dos cartazes. O desfecho deste episódio poderá ter implicações relevantes no panorama político nacional, sobretudo no contexto das eleições legislativas marcadas para 18 de maio.
Um grupo de trabalhadores da Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde admite avançar com…
A última reunião de câmara em Vieira do Minho terminou com o PSD a votar…
A Associação de Festas de São João de Braga confirmou esta manhã a morte de…
A cantina da empresa municipal AGERE, em Braga, será o palco do tradicional jantar de…
A tragédia que abalou Braga no passado domingo, na A11, em Gamil, Barcelos, tornou-se ainda…
A maioria social-democrata que lidera a Câmara de Vila Verde fechou hoje a aprovação das…