O primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou no Parlamento a intenção do Governo de apresentar uma moção de confiança. Em menos de 24 horas, o Conselho de Ministros aprovou formalmente a medida, que será agora submetida ao Parlamento. No entanto, o desfecho já é previsível: a moção será rejeitada, uma vez que PS e Chega, os dois principais partidos da oposição, já declararam o seu voto contra.

O anúncio foi feito na véspera, durante o debate da moção de censura apresentada pelo PCP, a segunda no espaço de apenas 15 dias. Durante essa discussão, Montenegro revelou que o Executivo avançaria com uma moção de confiança, decisão que pode ditar a queda do Governo caso seja rejeitada.

A iniciativa surge poucos dias depois de o primeiro-ministro ter desafiado a oposição a apresentar uma moção de censura, durante a sua declaração ao país no sábado, após a reunião do Conselho de Ministros.

Segundo um comunicado oficial do Governo, a moção de confiança foi aprovada através de votação eletrónica pelos membros do Conselho de Ministros, dando assim seguimento à estratégia do Executivo. O documento segue agora para o Parlamento, onde se prevê a sua rejeição, dado o posicionamento das forças políticas da oposição.