Em menos de um ano de legislatura, já se soma doze os deputados que foram constituídos arguidos.
O caso Miguel Arruda apontou os holofotes para o flagelo da nossa vida política: deputados arguidos que continuam no hemiciclo a representar os portugueses que os elegeram.
O deputado Miguel Arruda – que já abandonou o partido Chega e passou a não inscrito – é suspeito de furtar malas no aeroporto e foi já constituído arguido.
Ontem (27) algo inédito aconteceu na casa da democracia: agentes da Divisão de Investigação Criminal do Comando Metropolitano de Lisboa acompanhados de uma magistrada do Ministério Público fizeram buscas no gabinete de trabalho do ex-deputado do Chega, na Assembleia da República.
Partido Socialista – 5 arguidos
Os socialistas são o partido que tem mais parlamentares com imunidade levantada. Fernando Medida, ex-ministro das finanças, é arguido na Operação Tutti Frutti. João Paulo Rebelo, ex-secretário de Estado do Desporto alegadamente beneficiou um ex-sócio para a realização de testes à Covid-19. José Rui Cruz, deputado, alegadamente teve aproveitamento de fundos comunitários. Fátima Pinto, deputada, acusada de crime de ofensa à integridade física grave.
Partido Social-Democrata – 3 arguidos
Os sociais-democratas têm três deputados arguidos, todos envolvidos na Operação Tutti Frutti: Luís Newton, Carlos Eduardo Reis e Margarida Saavedra.
Partido Chega – 3 arguidos
No partido de André ventura, além do agora não-inscrito Miguel Arruda, João Tilly é arguido por difamação e Pedro Pinto – líder parlamentar – está a ser investigado no caso de propaganda na véspera de eleições regionais dos Açores.
Iniciativa Liberal – 1 arguido
Patrícia Gilvaz da Iniciativa Liberal é alvo de uma queixa por injúrias da parte de uma ex-militante do partido.