Foi assinado em Lisboa o contrato da empreitada de reformulação do Nó de Infias, em Braga, um investimento aguardado há vários anos para resolver constrangimentos de trânsito na cidade. O ato contou com a presença do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, da vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, Maria Amália Almeida, do presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, e do presidente da ABB S.A., Gaspar Borges, empresa responsável pela obra.

O projeto prevê a construção de um viaduto bidirecional com cerca de 220 metros de extensão e 12 metros de largura, destinado a criar ligações diretas entre os principais eixos rodoviários. Inclui ainda trabalhos de terraplanagem, drenagem, pavimentação, sinalização e outras intervenções com o objetivo de melhorar a fluidez do trânsito, reduzir a sinistralidade e aumentar a qualidade de vida urbana.

Apesar do consenso técnico quanto à necessidade da obra, a assinatura do contrato tem gerado críticas pela data escolhida: ocorreu a apenas 15 dias das eleições autárquicas em todo o país. O Governo e o município, ambos liderados pelo PSD, estão a ser acusados de tirar partido eleitoral do anúncio.

Partidos adversários sublinham que este tipo de decisões deveria ser anunciado em períodos afastados de campanhas eleitorais, para não alimentar suspeitas de aproveitamento político. O Ministério das Infraestruturas não respondeu, até agora, às críticas.

A reformulação do Nó de Infias é uma das intervenções mais aguardadas em Braga, apontada como essencial para resolver estrangulamentos rodoviários no acesso à cidade.