O candidato do Partido Socialista (PS) à Câmara Municipal de Vila Verde, Filipe Silva, defendeu estas semana, em vídeo institucional publicado nas redes sociais do Partido Socialista de Vila Verde, a necessidade de uma “reformulação total” do projeto Namorar Portugal. O objetivo seria potenciar o impacto do programa na economia e na cultura local, tornando-o mais eficiente e benéfico para os vila-verdenses.

Críticas ao Impacto do “Mês do Romance”

A propósito do encerramento da 15.ª edição do “Mês do Romance”, Filipe Silva criticou a iniciativa, argumentando que recebe investimentos avultados, mas não gera benefícios concretos para a população.

“Quinze anos depois e vários milhões de euros investidos… O que mudou para os vilaverdenses? O comércio local cresceu? Houve impacto na cultura e no turismo? Melhorou a qualidade de vida da população? Alguém sentiu realmente diferença?”, questionou o candidato.

Na sua opinião, o projeto não tem cumprido a sua função principal, sendo apenas uma “grande campanha de autopromoção disfarçada de programação cultural”.

“Faz-se de conta que há crescimento económico, mas as apresentações dos novos produtos acontecem em plena semana de trabalho, a meio da manhã, com uma audiência praticamente inexistente. Os eventos decorrem sem público, as vendas são insignificantes, mas servem para gerar notícias diárias”, criticou.

Falta de Planeamento e Proposta de Reformulação

Filipe Silva apontou ainda a ausência de um planeamento estratégico eficiente, acusando o projeto de apenas se apoiar no trabalho das instituições locais sem criar uma verdadeira dinâmica cultural e económica.

“E se, depois de 28 anos, deixássemos de fingir que algo está a ser feito e começássemos realmente a trabalhar para dinamizar a cultura e a economia?”, sugeriu o candidato.
Como alternativa, o socialista propõe reorganizar o evento, concentrando as atividades ao longo de quatro fins de semana, sempre no mesmo local. O objetivo seria criar um espaço dinâmico e interativo, oferecendo múltiplas experiências ao mesmo tempo para atrair visitantes e prolongar a sua permanência no evento.

“Podemos reunir no mesmo espaço atividades como degustações, bordado ao vivo, exposições de artesanato, espetáculos de música e dança, e lançamentos de novos produtos. Dessa forma, proporcionamos aos visitantes uma experiência diversificada, incentivando a interação, a experimentação e a compra”, defendeu.

Segundo Filipe Silva, esta reformulação poderá realmente transformar o evento numa alavanca para a economia local, trazendo vantagens concretas para os vilaverdenses, os comerciantes e a cultura da região.