O ex-vereador do Chega Vila Verde, Fernando Silva, mais conhecido como “Feitor”, vai apresentar-se como candidato independente à Câmara Municipal de Vila Verde.
Conta com o apoio do CDS/PP e lidera a candidatura independente “Amor a Vila Verde” depois de se ter especulado que iria avançar com uma candidatura pelo ADN.
A apresentação do “Movimento Independente Amor a Vila Verde”, liderado por Fernando Feitor, ocorrerá até março, com a presença do presidente do CDS, Nuno Melo, do presidente da distrital, Ricardo Mendes, e do mandatário e diretor de campanha, Rui Feio de Azevedo, escreve a imprensa local.
Rui Feio de Azevedo segue Fernando Feitor desde a sua curta passagem como diretor do projeto Semanário V, órgão de comunicação social cujo proprietário é a empresa Silva & Runa, LDA, da esposa de Fernando Silva (Maria Gabriela Sosa Cardena).
A esposa de Fernando Silva, sendo proprietária de um órgão de comunicação social, pode trazer um conflito de interesses na divulgação de informações da campanha e na análise das outras candidaturas. A Silva & Runa, LDA está envolvida em problemas na justiça por, segundo informações recolhidas pelo VOX, ter alegadamente falhado em algumas das cláusulas salvaguardadas no processo de aquisição do jornal.
Rui Feio de Azevedo veio ‘tentar salvar’ o projeto Semanário V mas acabou por deitar por terra as suas pretensões de ser o proprietário do jornal.
Fernando Silva (Feitor) foi expulso do Chega
O Conselho de Jurisdição Nacional (CJN) do Chega abriu um processo disciplinar contra Fernando Feitor, vereador na Câmara de Vila Verde (Braga), eleito nas autárquicas de 2021, pelo partido presidido por André Ventura – e o resultado foi a expulsão do partido.
A denúncia, remetida para o órgão liderado por Bernardo Pessanha, “teve origem na participação efetuada pela distrital de Braga”, presidida pelo deputado Filipe Melo. A abertura desse inquérito foi justificada com as críticas de Fernando Feitor dirigidas a Melo, publicadas no Semanário V, a 28 de janeiro de 2022.
O vereador da Câmara de Vila Verde manteve um “braço-de-ferro” com os órgãos distritais e nacionais do partido. Em maio de 2022, o autarca esteve suspenso (durante 30 dias) pela Comissão de Ética do Chega, depois de ter entrado em “choque” com a distrital de Braga e com o líder do Chega em Vila Verde, José Luís Moreira. Em setembro desse ano, surgiu mais um episódio que acentuou a rutura entre as partes, após Fernando Feitor ter anunciado o encerramento da sede do Chega em Vila Verde, após dois anos sem que a renda daquele espaço tivesse sido paga.
Perdeu em todas as instâncias e foi expulso do partido. Agora volta com o apoio do CDS que está a viver os piores momentos da sua história no concelho de Vila Verde