O partido Ergue-te, de orientação política de extrema-direita, apresenta no seu programa eleitoral um conjunto de propostas que incluem a abolição do direito à greve, a revogação da lei da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) e do casamento entre pessoas do mesmo sexo, bem como uma reestruturação da atividade sindical.

De acordo com o documento, o partido defende uma alteração profunda no funcionamento dos sindicatos, alegando que é necessário “salvaguardar os direitos das populações e o direito ao trabalho dos demais”, acusando os atuais sindicatos de promoverem “políticas criminosas” de cariz político.

No que diz respeito à IVG, o Ergue-te considera que a legislação atualmente em vigor “banaliza” uma situação que, segundo o partido, deveria restringir-se a “casos muito excecionais”. O programa propõe não só a revogação da lei, como também o fim de qualquer financiamento público para esse procedimento médico. Também a lei que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo é alvo de intenção de revogação.

Entre outras medidas propostas, destaca-se a criação de um Ministério da Família e a fusão entre os Ministérios da Educação e da Cultura.

Na área da justiça, o partido propõe o aumento do limite máximo de penas de prisão para 40 anos, aplicável a crimes como homicídio, tráfico de droga e delitos contra menores. Pretende ainda tornar obrigatória a realização de trabalho por parte dos reclusos durante o tempo de detenção.

Em matéria de imigração, o Ergue-te propõe implementar “deportações maciças” e restaurar o extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), encerrado em 2023.

No campo fiscal, uma das principais medidas é a redução da taxa normal de IVA para 16%, com o argumento de que essa descida teria impacto positivo nas regiões fronteiriças, promovendo o aumento do consumo em território nacional.