O restaurante Palatial, do chef Rui Filipe, foi premiado com a primeira estrela Michelin de Braga, destacando uma proposta que “reinventa a tradição culinária portuguesa de maneira muito criativa”, conforme anunciado durante a Gala Michelin, realizada esta noite no Porto.

Com esta distinção, o Palatial junta-se ao A Cozinha, de António Loureiro, em Guimarães, que manteve a sua estrela Michelin, colocando o Minho no Guia Michelin de 2025.

Em Braga, os restaurantes O Filho da Mãe, de Whesley Amorim, e Esperança Verde, de Hugo Sousa, foram reconhecidos como Restaurantes Recomendados, assim como Le Babachris, de Christian Rullan, em Guimarães. O Inato Bristô, de Tiago Costa e Miguel Rodrigues, renovou a sua classificação de Bib Gourmand, assim como o Camelo e Tasquinha da Linda, de Viana do Castelo, e Norma, de Guimarães.

Na gala de hoje, os restaurantes Marlene, em Lisboa, e Blind, no Porto, conquistaram a primeira estrela Michelin, tornando Marlene Vieira e Rita Magro as primeiras mulheres a receberem essa distinção na segunda edição exclusivamente nacional do evento.

“Este é um sonho que se tornou realidade”, disse Marlene Vieira, emocionada, ao receber a estrela para o restaurante Marlene, em Lisboa. Rita Magro, juntamente com o chef Vítor Matos, também comemorou a conquista da estrela Michelin para o Blind, no Porto, enfatizando o trabalho da equipa.

Maria Alice Marto foi a primeira chef portuguesa a receber uma estrela Michelin, em 1993, pelo restaurante Tia Alice, em Fátima.

Além dos restaurantes Marlene e Blind, o Palatial (Rui Filipe, Braga), Arkhe (João Ricardo Alves, Lisboa), Grenache (Philippe Gelfi, Lisboa), Oculto (Hugo Rocha e Vítor Matos, Vila do Conde), Vinha (Jonathan Seiller e Henrique Sá Pessoa, Vila Nova de Gaia) e Yoso (Habner Gomes, Lisboa) também receberam uma estrela Michelin este ano.

O guia deste ano lista agora 38 restaurantes com uma estrela, reconhecendo uma “cozinha de alta qualidade, que vale a pena visitar”.

Os oito restaurantes com duas estrelas Michelin mantiveram a sua classificação este ano, incluindo Vila Joya (Dieter Koschina, Albufeira), Il Gallo d’Oro (Benoît Sinthon, Funchal), Casa de Chá da Boa Nova (Rui Paula, Leça da Palmeira), Belcanto (José Avillez, Lisboa), Alma (Henrique Sá Pessoa, Lisboa), Ocean (Hans Neuner, Porches), Antiqvvm (Vítor Matos, Porto) e The Yeatman (Ricardo Costa, Vila Nova de Gaia).

O país ainda não tem um restaurante com a classificação máxima de três estrelas Michelin, que é atribuída a “uma cozinha única, que justifica a viagem”.

Durante a cerimónia, também foram anunciados cinco novos restaurantes com a distinção Bib Gourmand, que reconhece uma boa relação qualidade-preço (em torno de 45 euros), nomeadamente: Canalha (João Rodrigues e Lívia Orofino, Lisboa), Contradição (Óscar Geadas, Bragança), Oma (Luis Moreira, Porto), Pigmeu (Miguel Azevedo Peres, Lisboa) e Terruja (Diogo Caetano, Alvados). Com isso, Portugal passou a contar com 37 restaurantes nesta categoria.

O prémio de “jovem chef” foi atribuído a José Diogo Costa, do restaurante William (uma estrela, Funchal), enquanto o prémio “sala” foi entregue a Nelson Marreiros (Ocean, duas estrelas, Porches). Marco Pinto (Fifty Seconds, uma estrela, Lisboa) foi o “sommelier” premiado.

Portugal também tem agora mais um restaurante com estrela verde, que distingue a gastronomia sustentável: Encanto (José Avillez, uma estrela, Lisboa), totalizando seis nesta categoria.

Além disso, o guia incluiu mais 35 restaurantes recomendados, sendo 12 na região do Porto e Norte, 10 na região Centro e Lisboa, e 13 no Alentejo, Algarve e Madeira.