Catarina Martins deu a primeira entrevista após a apresentação da sua candidatura às eleições presidenciais de 2026, que decorreu no Porto, no sábado. Entre os temas em destaque, a candidata deixou clara a sua posição sobre a eventual participação do Chega num futuro Governo.
“Comigo Presidente, o Chega nunca será Governo”, afirmou de forma categórica, explicando que a sua candidatura representa “uma luta pela cultura política e pela decência democrática”. Para Catarina Martins, “um bom resultado nas presidenciais será a maior força para travar qualquer cenário desse tipo”.
A ex-coordenadora do Bloco de Esquerda considera que, mesmo num cenário de vitória da extrema-direita nas legislativas, “haverá sempre soluções dentro da democracia e da decência”. Recordou que, pela Constituição, “forma Governo quem tiver maioria para o fazer” e sublinhou que, no que depender de si, “as maiorias nunca serão feitas com quem não respeita a democracia”.
Criticou ainda a atuação do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, prometendo que, se for eleita, não dissolverá o Parlamento após um chumbo orçamental. “Na Europa é comum promover novas negociações para chegar a entendimentos. Fazer o contrário é permitir chantagens políticas e a repetição de eleições por conveniência partidária”, argumentou.
Catarina Martins dirigiu também críticas a Marcelo pelo silêncio sobre o estado do Serviço Nacional de Saúde, enquanto comenta “tudo o que passa pela Assembleia”. Garantiu que, caso chegue a Belém, a saúde será o eixo central do seu mandato, defendendo “uma refundação do SNS que devolva confiança aos cidadãos e dignidade aos profissionais”.
A candidata assumiu que não planeava concorrer, mas decidiu avançar após o fracasso das tentativas de convergência na esquerda. “Não quero que esta campanha seja o enterro da democracia em Portugal. E também acho que era preciso uma mulher nesta eleição”, afirmou.
Em resposta às críticas do candidato comunista António Filipe, Catarina reconheceu que procurou até ao fim uma candidatura de união, mas frisou: “Faz-se convergência com quem quer convergência. Eu quero falar com o país e criar pontes.”
Sobre o apelo do capitão de Abril Vasco Lourenço para que a esquerda desistisse em favor de António José Seguro, respondeu que o ex-líder socialista “representa os problemas de sempre e o centro político que retirou capacidade à classe trabalhadora”.
Para Catarina Martins, a sua candidatura quer representar “a esquerda que não desiste” — a que acredita num país mais justo, solidário e democrático. “Esta é a candidatura que abraça a força do país que não desistiu e que se quer reinventar”, concluiu.
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